Nos últimos anos, temos visto uma verdadeira “febre” de logos no estilo monograma — aquelas marcas que usam apenas iniciais estilizadas em formas minimalistas e circulares.
Esse estilo, quando bem aplicado, tem sua força: transmite elegância, simplicidade e funciona muito bem em nichos como estética, moda e eventos, especialmente casamentos, onde sempre teve uma tradição forte.
O problema começa quando essa estética é usada de forma indiscriminada, como se servisse para todos os tipos de negócios.
Uma logo no estilo monograma pode até parecer “bonita” e seguir a tendência, mas muitas vezes não traduz a identidade, valores ou posicionamento real da empresa. Resultado: marcas diferentes acabam ficando todas com a mesma cara.
Isso gera três grandes problemas:
- Descaracterização – A marca perde originalidade e não se diferencia no mercado.
- Desconceituação – O público não consegue entender a proposta do negócio pela identidade visual.
- Percepção rasa – O design passa a ser visto apenas como “estética” e não como estratégia de marca.
Como designers, sabemos que identidade visual vai muito além de uma logo bonita.
Ela deve ser estratégica, única e pensada para comunicar quem é a marca, o que ela faz e como quer ser percebida.
Ou seja: monogramas funcionam? Sim, mas não para todo mundo.
O papel do designer é justamente questionar tendências, adaptar ao contexto certo e entregar soluções personalizadas, fugindo da padronização que enfraquece o mercado.



